A cárie é a doença oral mais comum, e consiste na destruição do dente. A hereditariedade também tem um papel importante na predisposição dos dentes para se deteriorarem. Esta doença irá desenvolver-se continuamente se não for tratada, e pode significar a perda do dente.
CAUSAS
A cárie é causada por bactérias que aderem aos dentes, formando a placa bacteriana que se alimenta do açúcar que ingerimos e se não for removida, desenvolve-se junto à gengiva. A placa bacteriana produz ácidos, que vão destruindo os dentes de forma lenta.
A cárie começa com a descalcificação da estrutura dentária, caracterizada primeiro por uma mancha branca e depois por um buraco. Este buraco pode-se aprofundar se a cárie não for tratada, até atingir a polpa que tem vasos e nervos, provocando inflamação, dor e até mesmo abcessos. Em fases mais avançadas, a cárie pode levar à destruição completa do dente provocando a perda da peça dentária em questão. A evolução deste processo é variável, podendo ser em alguns casos mais lento, ou relativamente rápido, levando à perda do dente.
A cárie desenvolve-se de maneira diferente, segundo a sua localização no dente. A cárie da superfície lisa é a de desenvolvimento mais lento e é a mais evitável e reversível. Começa entre os 20 e os 30 anos. As cáries de orifícios e fissuras nos dentes permanentes começam por volta dos 10 anos. Forma-se nos sulcos dos molares ao lado da bochecha e é um tipo de cárie que avança rapidamente devido à difícil higienização desta zona. A cárie da raiz afecta pessoas de meia-idade e, muitas vezes, a causa deste tipo de cárie reside na dificuldade em limpar as áreas da raiz e no alto conteúdo de açúcares da dieta. Esta pode ser a mais difícil de evitar.
SINTOMAS
Nem todas as dores de dentes se devem à cárie. A dor pode ser consequência de uma raiz exposta mas sem cárie, de uma mastigação excessiva, ou um dente fracturado. Uma cárie no esmalte, de um modo geral, não causa dor; esta começa quando a cárie atinge a dentina. Uma pessoa pode sentir dor só quando bebe algo frio ou come algo doce, o qual indica que a polpa está ainda sã. Se a cárie for tratada nesta fase, o médico dentista pode habitualmente salvar o dente e é provável que não se produzam outras dores nem dificuldades na mastigação. No entanto se a cárie chega muito próximo da polpa ou inclusive que a atinja, a dor persiste, mesmo depois do estímulo (por exemplo, água fria), e os danos por ela provocados podem ser irreversíveis.
DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO
Se uma cárie for tratada na sua fase inicial, é provável que o dano causado na polpa seja ligeiro, salvando-se a maior parte da estrutura do dente. Para a sua detecção precoce o médico dentista examina os dentes para detectar o grau de sensibilidade e de dor, podendo também fazer radiografias. O controlo dentário deve efectuar-se todos os 6 meses, embora nem todas as revisões incluam radiografias. A chave para a prevenção da cárie baseia-se em cinco estratégias gerais: uma boa higiene oral, uma dieta equilibrada, o flúor, as obturações dentárias e uma terapia antibacteriana.
Por: Camila Gonçalves L. Almeida, Francisco Kadmo Modesto, Francisco Rodolpho.